Transformação em progresso: confira como está a área restaurada pela Canopée quase dois anos após o plantio de mais de 1000 mudas

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28 abr Transformação em progresso: confira como está a área restaurada pela Canopée quase dois anos após o plantio de mais de 1000 mudas

Há dois anos, a Canopée se uniu ao Programa Carbono Zero da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e deu início ao processo de neutralização das emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes de suas operações. Tudo começou com a elaboração de um inventário detalhado das emissões de GEE relacionadas às atividades da empresa em 2021, com base em informações coletadas junto aos colaboradores da Canopée.

Após identificar e medir as fontes de emissão de CO₂eq da Canopée no inventário, determinamos a quantidade ideal de mudas a serem plantadas para alcançar a neutralização em um período de 30 anos. Inicialmente, calculamos que seriam necessárias 74 árvores. No entanto, a Canopée decidiu ir além da compensação, superando esse número em mais de 13 vezes, e optou por criar um arboreto que oferecesse benefícios adicionais para o meio ambiente e a ciência.

Com o objetivo em mente, foram plantadas 1.023 mudas de espécies nativas em uma área de 8.000 m² cedida pela UFV para essa finalidade. Essa área específica antes era ocupada por árvores de Pinus sp., que foram gravemente danificadas por um forte temporal que atingiu o campus em outubro de 2019, deixando o solo sem vegetação. Atualmente, o local está se transformando em um belo plantio de espécies florestais nativas da Mata Atlântica.

Após 24 meses do plantio das mudas, chegou a hora de avaliar o crescimento e a sobrevivência das espécies vegetais, obtendo os primeiros dados desse projeto que será parte de um estudo sobre restauração florestal e sequestro de carbono, além de compensar as emissões de carbono da Canopée.

O primeiro inventário florestal do Plantio de Neutralização da Canopée foi realizado na área total de 0,8 hectares. Optou-se pelo uso do inventário 100% (censo), o que significa que todas as árvores presentes foram amostradas. Para obter as medidas necessárias, utilizaram-se vara graduada e fita métrica, que possibilitaram a medição da altura total e da circunferência a altura do solo (CAS), respectivamente. As informações coletadas de cada árvore foram o nome vulgar, a CAS e a altura total. A identificação botânica foi realizada com base no conhecimento técnico dos envolvidos na atividade.

Durante o inventário, foram registrados um total de 717 indivíduos, sendo 485 de espécies pioneiras, 220 de espécies secundárias e 12 não identificados. A taxa de falhas, que corresponde a aproximadamente 30% de mortalidade, pode ser considerada relativamente alta, mas é justificada pela época seca do plantio.

A espécie mais comum no plantio foi o Angico-vermelho, com um total de 132 indivíduos. Suas alturas variaram entre 25 e 300cm, enquanto a circunferência a altura do solo (CAS) variou entre 1,5 e 15cm.

Em segundo lugar, encontramos o Ipê-tabaco, que também foi a espécie mais frequente entre as espécies secundárias. Foram contabilizados 102 indivíduos, com alturas variando de 15 a 250cm e CAS entre 2 e 16cm.

A terceira espécie mais encontrada no plantio foi a Cutieira, com um total de 93 indivíduos. Suas alturas variaram entre 30 e 480cm, enquanto a CAS variou entre 2,5 e 39cm.

Destaca-se o Guapuruvu, que apresentou as maiores medidas de altura e CAS, com 625cm e 43cm, respectivamente. Foram registrados 79 indivíduos dessa espécie, com alturas variando entre 70 e 625cm, e CAS entre 3,5 e 43cm.

A coleta de informações de todos os indivíduos exigiu três dias de trabalho. A equipe mostrou-se eficiente na tomada de decisões diante dos desafios encontrados, como linhas deslocadas devido ao relevo da área e a presença de tocos de pinus. É importante identificar os indivíduos e as linhas para facilitar futuras atividades no local. Será planejada a colocação de piquetes no plantio.

Observou-se que as espécies secundárias tiveram uma representatividade maior na taxa de mortalidade, o que era esperado. No entanto, os indivíduos sobreviventes tendem a se desenvolver melhor a partir dessa fase do plantio.

Em suma, o inventário do plantio da Canopée forneceu informações valiosas sobre o crescimento, sobrevivência e distribuição das espécies vegetais nesta área de restauração florestal. Esses dados serão parte integrante de um estudo inovador sobre restauração florestal e sequestro de carbono, além de contribuir para a compensação das emissões de carbono da Canopée. Com base nesses resultados, espera-se que o plantio continue a prosperar, promovendo a recuperação do ecossistema e contribuindo para um futuro mais sustentável.

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